A XVI Semana Filosófica e XI Teológica foi oficialmente aberta pelo Padre Jânisson, reitor do Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição. A inserção do tema: “50 anos da Sacrosanctum Concilium”/ “A importância da filosofia para educar em sociedade”, foi realizada pelo Pe. Genivaldo Garcia, diretor acadêmico.
Em seguida, o professor MSc. Darley Possamai apresentou o tema: “O Mito da Caverna de Platão no gênero das histórias em quadrinhos nas aulas de filosofia”, o qual tratava da linguagem no ensino filosófico para crianças e jovens, a fim de inseri-los nas realidades que os rodeiam.
Darley defendeu que o uso das histórias em quadrinhos nas escolas, em filosofia, tanto para crianças como para jovens, justifica-se pela gama de informações que podem estar nas histórias contadas, cuja expressão não se limita a escrita ou a verbalização destas, mas, alcança outras formas de expressividade, como a gráfica, por exemplo.
Concluiu a sua explanação apresentado o “Mito da Caverna de Platão” em quadrinhos gráficos, demonstrando que a filosofia pode ser transmitida, ainda que para crianças e jovens, a partir de metodologias próprias a estes.
A noite do primeiro dia da XVI Semana Filosófica e XI Teológica foi aberta pela apresentação do Coral do Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição.
O tema: “Educar em sociedade: Crítica à Civilização e Educação Moral em Rousseau”, foi explanado pela Professora Dra. Lidiane Brito Freitas, com a mediação da Professora Mestra Hortência Maria Dantas. O questionamento inicial – Como é possível educar o indivíduo em uma sociedade que traz elementos da corrupção? – permeou toda a conferência.
A Professora Lidiane transmitiu o pensamento de Rousseau sobre a preparação do homem – física, intelectual e moralmente – este, seria educado para o alcance de sua autonomia, sendo capaz de equilibrar o que lhe é natural e o que é adquirido com a vida em sociedade. Rousseau, dizia a professora, afirmava que o homem precisa, pela educação, aprender a lidar com os males da sociedade, dentre os quais está a corrupção dos costumes, esta, seria uma necessidade criada, gerando um reino de aparência entre os homens; aqui, a verdadeira intenção estaria escondida, prejudicando a manifestação autêntica da natureza.
A Dra. enfatizou que, segundo Jean-Jacques, os males sociais são os responsáveis pela modificação da nossa natureza, o mal se instalaria quando ela estivesse encoberta. Em suas afirmações, Rousseau deseja aproximar a criança do natural, não mais guiado pelo instinto, mas apoiado por outras faculdades, assim, o homem tornar-se-ia social, numa conciliação entre a natureza e a sociedade.
Por fim, concluiu afirmando, segundo Rousseau, que a educação deve assumir o papel de evitar a corrupção dos costumes. Seguiu sua afirmação, enfatizando que a força de tal corrupção não é capaz de anular a natureza interior, esta, serviria para o homem equilibrar o que é (natural) e o que adquire (vida em sociedade).
Fotos: Seminarista José Dalmo
